5 de abril de 2007

Folhinha verde

José namorava Maria há 5 anos. Uma moreninha de corpo escultural, bundinha perfeita, peitinho durinho e olhar para cima, simplesmente as medidas de uma deusa grega. Só havia um problema para José: até hoje, Maria não tinha liberado nada mais que uns amassos.

Um dia, os dois estavam a rolar pelo sofá, pega aqui, pega ali, mão naquilo, aquilo na mão, etc., José começou a tirar a blusinha de Maria, abriu sua calça e quando achou que finalmente ia rolar, Maria cortou o barato falando:

- José, eu sou moça de família. Só vou transar com você depois de casar. Quando isso acontecer, até folhinha verde eu farei com você.

Sem entender o que era "folhinha verde" José levantou-se e saiu. No dia seguinte, foi à casa de Joana, uma loirinha aguada que era um caso antigo dele, daquelas que liberava geral.

Ao chegar José não pensou duas vezes e foi logo para cima de Joana. Rola prá cá, rola pra lá, depois de várias posições ele não pensou mais e disse:

- Joana, não acha que já estamos sem muitas idéias para nossas transas?

- Também acho, Morzinho.

- Então, quem sabe você poderia fazer uma folhinha verde?

Joana ficou branca e logo gritou:

-Quem você pensa que sou? Posso ser sua amante, fazer todo tipo de sacanagem, mas você está achando que sou dessas que fazem folhinha verde?

A moça enfiou a mão na cara do coitado!

- Fora daqui já!

Ela jogou tudo o que tinha em cima de José, que não teve alternativa a não ser sair correndo, com as calças na mão. No dia seguinte José foi para o trabalho, mas não parava de pensar como deveria ser a tal"folhinha verde".

Claro que não perguntou para nenhum amigo, pois não queria passar vergonha. A solução seria uma visita a um puteiro. Para lá se dirigiu, à noite. Depois de beber umas e outras, sentiu-se preparado e chamou uma das "garotas", linda, de parar o trânsito.

Ao chegar ao quarto foi logo perguntando:

- Você faz realmente tudo?

- Claro. Estou aqui pra isso, fofinho.

- Qualquer coisa, mesmo?

- Sendo franca: estou aqui para ganhar dinheiro e faço tudo o que for preciso, o que você quiser.

- Então vamos começar logo com a folhinha verde?

Sem pensar, a putinha tascou um tremendo tapa na cara de José e foi gritando:

- Seu sem vergonha! Sou puta, mas não sou qualquer uma não! Quem voe pensa que sou?

E continuou gritando, enquanto fora do quarto todo o mundo escutava seus berros. Sem entender o que estava acontecendo o cafetão do local invade o quarto, irritado, perguntando:

- O que está acontecendo aqui?

- Esse sem vergonha quer que eu faça folhinha verde.

O cafetão saca revólver e vai berrando:

- Aqui é um puteiro de respeito, minhas meninas não são desse tipo. Saia daqui antes que eu te furo o rabo!

E José, novamente sem ter escolha, saiu correndo e foi para a casa de Maria. Ao chegar, falou:

- Maria, case comigo, agora, por favor.

Afinal, José não agüentava mais não saber o que era folhinha verde. Dois dias depois casaram-se e foram para a lua de mel. Mas no caminho da lua de mel, sofreram um acidente e Maria morreu.

Até hoje José chora. Não de saudade, e sim de raiva, pois não conseguiu descobrir o que é folhinha verde.

E nós, também, vamos ficar com raiva. Afinal, se José não descobriu o que é folhinha verde, muito menos eu, que só recebi esta mensagem de um filho da puta que também não sabia, e perdi um tempão lendo essa porra e não descobri o que é essa merda de folhinha verde.

Então pensei: "Por que não dividir a frustração com vocês?".